Biblioteca com rodas.
Este meu devaneio, resquício da minha infância vivida
numa aldeia onde tudo tardava em chegar, leva-me a recordar a genialidade deste
serviço. Esta iniciativa aconteceu da inspiração do escritor António José
Branquinho da Fonseca, nascido a 4 de Maio de 1905 em Mortágua,
conservador-bibliotecário do Museu biblioteca do Conde Castro Guimarães em
Cascais, no ano de 1953.
A sua existência partiu, no
entanto, de um muito nobre princípio “quando
o homem não busca o livro deve o livro buscar o homem”. Estes
carros-biblioteca tinham como principal função fazer chegar os livros às
pessoas que mais dificuldades tinham no acesso a educação e cultura e,
cumulativamente habitavam as regiões mais desfavorecidas do país.
Esta realidade tem nos dias de hoje
o seu contraponto, pela enorme oferta de bibliotecas fixas existentes no país.
Um desses casos é a biblioteca que existe na nossa escola, um espaço nobre com
condições de excelência dotado de uma boa oferta literária. Apesar destas
condições, o desinteresse por parte de um grande número de alunos é notório, o
que torna inglório o trabalho que diariamente é desenvolvido para que se
enraízem hábitos sustentados de leitura. No entanto é passo a passo que se faz
o caminho e por isso, é dever de todos persistir e incutir que uma sociedade só
será melhor, se entendermos que uma das formas para ampliar o conhecimento é
ler mais. Lendo mais temos a garantia de uma compreensão melhor do nosso mundo.
Ler desenvolve a capacidade de comunicar, criticar e consequentemente estimula
a recriação e a invenção. Ler será por isso a razão permanente, para fazer da
nossa realidade, uma realidade melhor.
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